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Eleições 2024: A estratégia é olhar para o cotidiano


A chegada de um ano par traz também a discussão de um ano eleitoral. O janeiro de 2024 começou agitado e a as movimentações políticas estão aquecidas. Teremos 5.568 municípios escolhendo prefeitos e vereadores e, numa conta baixa, aproximadamente 12 mil campanhas majoritárias. O Brasil se prepara para a maior eleição de sua história em termos numéricos, com um contingente recorde de eleitores e candidatos. 

No entanto, o que chama a atenção não é apenas a magnitude quantitativa, mas a complexidade estratégica que se desenha, especialmente no âmbito do marketing político. A pandemia e a eleição polarizada de anos anteriores alteraram o comportamento do eleitorado, exigindo uma reavaliação profunda das estratégias políticas de comunicação.

Neste cenário, a polarização entre lulistas e bolsonaristas, esquerda e direita, buscam reavivar a chama que dividiu o país. Os dois grupos protagonistas insistem em prolongar uma disputa violenta que orienta o debate desde 2018. 

Contudo, os profissionais das ciências sociais eleitorais devem estar atentos para uma mudança de foco e de expectativa da sociedade. O eleitorado médio brasileiro tende a  direcionar sua atenção para as questões que envolvem diretamente seu cotidiano.

Nos rincões do país, onde a vida caminha de maneira singular, a disputa eleitoral ganha contornos específicos. A atenção do eleitor comum concentra-se em temas que influenciam a sua realidade mais imediata, como a qualidade do atendimento nos postos de saúde, o acesso a medicamentos, a escassez de vagas em creches, a condição das ruas, iluminação pública, além da capacidade do governo local em gerar empregos e renda.

Assim, aprofundar o conhecimento sobre o cenário eleitoral de 2024 requer não apenas uma análise macro da polarização ideológica, mas também uma compreensão dos detalhes que moldam a vida das comunidades. A estratégia de marketing político eficaz não pode negligenciar a importância dessas questões tangíveis, pois é nelas que reside a verdadeira conexão com o eleitor médio brasileiro. 

Nesse contexto, os candidatos que conseguirem articular uma mensagem sólida e relevante para as demandas locais estarão em vantagem, moldando não apenas o futuro político das cidades, mas também contribuindo para a consolidação de um processo democrático mais representativo e eficiente.

Djan Hennemann

Publicitário e Estrategista Político

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